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Homeostase – A nossa grande questão

 

Claude Bernard, famoso fisiólogo francês, certa vez disse: “ Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas uma finalidade, a de manter constantes as condições de vida no ambiente interno.” De acordo com a sua posição na escala evolutiva, os seres vivos poderão apresentar uma maior ou menor capacidade de adaptação ao meio-ambiente. Como exemplo, basta comparar a capacidade de adaptação de um protozoário com a capacidade de adaptação de um ser humano ou de um cão.

Como base para a adaptação, os organismos mais evoluídos farão uso principalmente de dois recursos básicos: o sistema nervoso, atuando basicamente no controle, e o sistema endócrino, atuando principalmente na sinalização. Alguns mecanismos são bem conhecidos, como a regulação da osmolaridade plasmática. É sabido que quando transpiramos ou urinamos, estamos “ajudando” o corpo a manter seus níveis de água e de eletrolíticos dentro de suas faixas consideradas fisiológicas ou normais. Essa necessidade de controle a osmolaridade do plasma está presente também nos animais domésticos e selvagens. E alguns deles apresentam mecanismos muito interessantes para manutenção da osmolaridade dentro dos níveis que são compatíveis com a vida. À exemplo, algumas aves marinhas que vivem muito longe da continente, e, portanto sem acesso a água doce, são obrigados a consumir a água do mar, mas para eliminar o excesso de sais possuem “glândulas excretoras de sal” localizadas proximamente às narinas e aos olhos, e desta forma mantêm regulados os níveis de sais na sua circulação.

O aparelho circulatório também vital para a conservação da homeostase. Ele proporciona metabólitos aos tecidos e elimina os produtos não-utilizados e também participa na regulação da temperatura e no sistema imunológico. Deve ser lembrado que os níveis de substâncias no sangue estarão sob o controle de outros sistemas ou órgãos, como exemplo: o aparelho respiratório (pulmões) e o sistema nervoso regulam o nível de dióxido de carbono; o fígado e o pâncreas controlam a produção, o consumo e as reservas de glicose; os rins são responsáveis pela concentração de hidrogênio, sódio, potássio e íons fosfato. As glândulas endócrinas, por sua vez, controlam os níveis de hormônios no sangue. O hipotálamo recebe informações do cérebro, dos sistemas nervoso e endócrino e a integração de todos estes sinais torna possível o controle da termorregulação, o equilíbrio de energia e a regulação dos fluidos corporais, influindo no comportamento (por exemplo, o hipotálamo é responsável pela sensação de fome), exteriorizando as sensações através dos sistemas endócrino e nervoso.

A cada momento em que houver uma tendência a um desequilíbrio, os mecanismos de homeostase se apresentarão para garantir a regulação, ou retorno à normalidade. Isso vale, entre tantas outras, para a regulação do pH corporal assim como para a termorregulação e a circulação.

Os princípios da homeostase estarão sempre sendo apresentados e discutidos na medida em que você avança nos estudos da disciplina de Fisiologia.

Você entenderá que manter a homeostase é manter o equilíbrio necessário à vida.

 

 

 

 

 

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